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Como conectar uma câmera ao microscópio?

São inúmeras as possibilidades de combinações de câmeras e microscópios. Mas, para escolher corretamente quais utilizar em conjunto, é preciso levar em consideração alguns pontos importantes, entre eles:

Analise o fabricante e o modelo de seu microscópio

É importante lembrar que cada fabricante utiliza uma posição focal diferente, ou seja, ponto em que os dados da imagem serão coletados no sensor CCD da câmera. Se o seu microscópio for moderno, é possível identificar o modelo por meio de um número presente no próprio equipamento, próximo ao número de série. Caso não encontre, o fabricante responsável pelo seu aparelho deve ser capaz de identificar o modelo por meio da descrição ou de uma fotografia.

Analise o fabricante da câmera e o modelo utilizado

Este é um ponto importante, pois determina o tipo de rosca ou encaixe que o adaptador de câmera deve ter.

Analise qual porta do microscópio será usada

É importante que você determine a porta que será usada para encaixe do adaptador da câmera. As vezes não é possível conectar a câmera em uma porta dedicada, também chamada de tubo trinocular ou divisor de feixe.

Analise se a ampliação é necessária

O sensor (CCD) da câmera terá um certo específico e exigirá a ampliação necessária, dentro do adaptador, realizada por uma lente chamada de retransmissão. Para realizar a ampliação de maneira correta, o campo de visão deve ser igual ao tamanho decimal do CCD em polegadas. Por exemplo, um CCD de 2/3” (0,67”) exige um adaptador de câmera com ampliação de 0,7x. O fabricante deverá sempre fornecer o tamanho do CCD.

Uma ampliação menor fornecerá um campo de visão menor e, normalmente, imagens com um brilho maior em exposições menores.

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Por que utilizar o refoco da sua platina

Antes de tudo é preciso verificar no manual do equipamento que você utiliza se ele possui o sistema de refoco. Se sim, é preciso ter cautela para trocar a lâmina usando esse mecanismo, o principal ponto de atenção é baixar suavemente a platina com as mãos, tomando muito cuidado para não esbarrar a lente de campo no suporte do condensador.

Para substituir a amostra a ser utilizada usando o mecanismo de refoco é preciso focalizar o objeto com a lente objetiva de ampliação de 40x ou mais. Neste momento a amostra estará muito próxima a lâmina, portanto é muito difícil mudar o que esta sendo analisado sem afastar a objetiva e esse procedimento pode ocasionar a perda do foco. É por isso, que o mecanismo de refoco substitui facilmente a amostra.

Para iniciar:

  1. Use uma mão para pressionar suavemente a platina (Ao baixar a platina, tome muito cuidado para não bater a lente de campo com o condensador e as peças sob o condensador.)
  2. Mantendo a platina nessa posição, mude a amostra.
  3. Solte gradualmente a platina para que ela suba lentamente. A platina retornará à posição de foco. (A distância entre a lente frontal da objetiva e o espécime quando a amostra está em foco é chamada de distância de trabalho do objetivo.)

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Meios de Cultura: saiba como diferenciar

Podemos definir os meios de cultura como preparações químicas, realizadas em laboratórios, que possuem uma quantidade de nutrientes necessários para que os microrganismos como bactérias, leveduras e fungos, se desenvolvam e se multipliquem, permitindo seu estudo, identificação e análise.

Os meios de cultura têm papel fundamental em microbiologia e auxiliam na análise e identificação de microrganismos, estes estão presentes, por exemplo, em laboratórios de microbiologia, quando é necessário isolar os microrganismos de amostras e fazer com que eles se desenvolvam em meios de cultura para, que assim, possam ser identificados os patógenos presentes; nos laboratórios de pesquisa, para a execução de antibióticos, testes de novos agentes microbianos e criação de vacinas; e nos laboratórios de engenharia genética e industrial, onde são utilizados para produção de alimentos e bebidas.

Existe uma grande variedade dos meios de cultura que são adaptados para atender as necessidades dos mais distintos microrganismos, pois cada um possui suas particularidades e precisam de nutrientes específicos. Cada meio é indicado para uma função, mas, de modo geral, os meios de cultura são compostos principalmente por fontes de carbono, energia, fósforo, sais minerais e nitrogênio.

Uma cultura de microrganismos é chamada de pura quando há apenas um tipo de organismo presente. É denominada cultura mista quando diferentes organismos estão presentes. É importante lembrar que quando usado pela primeira vez, o meio de cultura deve ser estéril, o que significa que nenhuma forma de vida está presente antes da inoculação com o microrganismo.

É possível classificar os meios de cultura por meio do conhecimento da sua constituição. São denominados meios quimicamente definidos quando todos os constituintes são conhecidos. Já os complexos são aqueles que a constituição não é definida, podendo conter extratos moídos ou digeridos de animais, peixes, leveduras e vegetais, que fornecem os nutrientes, as vitaminas e os minerais necessários.

Além disso, eles podem ser classificados como líquidos, que são acondicionados em tubos de ensaio, assim como os semissólidos e sólidos, que são preparados adicionando-se ágar ao meio líquido e posterior colocação em tubos de ensaio ou placas de Petri, onde o meio se solidifica.

Meios de Cultura Enriquecido

Um meio enriquecido corresponde a um líquido ou meio sólido contendo um grande suprimento de nutrientes que promove o crescimento dos microrganismos fastidiosos. Geralmente são meios que foram suplementados com materiais altamente nutritivos.

Meios de Cultura Seletivo

O meio seletivo permite o crescimento de certos tipos de microrganismos e inibe o crescimento de outros. Ele contém inibidores, geralmente antibióticos, que tornam inviável o crescimento de certos microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismo alvo.

Meios de Cultura Diferencial

Utilizados para diferenciar microrganismos ou grupos de microrganismos em um meio. A presença de determinados corantes ou de produtos químicos nos meios produzirão certas alterações características ou padrões de crescimento que são utilizados para a identificação ou a diferenciação de microrganismos.

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Combinações de ampliação do microscópio

A combinação das oculares e da lente objetiva resulta na ampliação total do microscópio. Isso significa que se o seu microscópio biológico tem a ocular de 10x de aumento e a lente objetiva de 40x, a ampliação total será de 400x.

Fácil? Depende! Existem limites que precisam ser respeitados para que ao realizar a ampliação, não seja perdido detalhes da amostra. Uma ampliação com resolução inadequada é uma ampliação vazia, ou seja, a imagem continua sendo ampliada, porém nenhum detalhe extra pode ser visto. Mas, para evitar que isso aconteça é preciso estar atento a alguns detalhes relativamente simples.

Para que a ampliação seja realizada com sucesso é importante considerar a abertura numérica (NA) da objetiva. Cada lente dessa possui um limite mínimo e máximo para que a resolução fique perfeita. E para chegar a precisão exata, basta utilizar uma fórmula simples. Para calcular o valor mínimo: multiplique a abertura numérica da objetiva por 500 (500 x NA). Para identificar o valo máximo: multiplique a abertura numérica da objetiva por 1000 (1000 x NA).

Para facilitar o entendimento, a tabela abaixo mostra alguns valores de abertura numérica (NA) com a objetiva correspondente e fornece uma variedade de combinações de ampliação. Vale ressaltar que as caixas em branco da tabela indicam ampliação vazia e não devem ser replicadas.

 

Objetiva
(Abertura Numérica) NA
Oculares
  10x 12.5x 15x 20x
2.5x
(0.08 NA)
x
4x
(0.10 NA)
x x
10x
(0.25 NA)
x x x x
25x
(0.40 NA)
x x x x
40x
(0.65 NA)
x x x
60x
(0.85 NA)
x x
100x
(1.25 NA)
x x

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O que é contraste de fase?

A técnica de contraste de fase

Criado no século XX, por Frits Zernike, o contraste de fase é uma técnica de microscopia que acelera o caminho da luz direita com intuito de causar padrões de interferência destrutivos na amostra em análise.

Esses padrões criam detalhes na imagem que aparecerem mais escuros contra um fundo claro. Para tornar isso possível Zernike desenvolveu um sistema de anéis localizados tanto na objetiva quanto no condensador. Quando alinhados corretamente, as ondas de luz emitidas pelo iluminador chegam ao seu olho fora de fase. Então, a imagem da amostra é incontestavelmente melhorada.  E foi com essa criação que Frist Zernike foi premiado em 1953, com o Nobel de Física.

Aplicações:

Os microscópios de contraste de fase são utilizados para detectar detalhes em bactérias, protozoários, células sanguíneas, cauda de espermatozoides e uma variedade de células não coradas. Uma vantagem da microscopia de contraste de fase é que as células vivas podem ser vistas em detalhe sem a necessidade de colorir ou o utilizar fluoróforos, alterações que podem matar os espécimes vivos. Por isso, a técnica é de extrema importância para análise de amostras vivas.

Configurações:

Qualquer microscópio de campo claro, com objetivas de fase especializadas que se conformem aos parâmetros de comprimento do tubo e desde que o condensador aceite um anel de fase anular do tamanho correto, pode receber a capacidade de contraste de fase.

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