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Saiba qual o modelo ideal de agitador para o seu laboratório

Misturar soluções é uma atividade constante em laboratórios. Para esta função são utilizados agitadores, um equipamento apropriado para misturar e homogeneizar líquidos. A finalidade dos agitadores é sempre a mesma, porém há diversos modelos para utilização nas mais diversas amostras.

Para identificar qual o melhor agitador para um determinado trabalho é preciso avaliar todas as suas necessidades, como a aplicação do processo, velocidade de mistura, capacidade de recipiente, viscosidade do líquido, tempo de execução, temperatura e etc. Caso contrário, pode haver alteração na amostra. Por exemplo: utilizar um agitador de alta velocidade no preparo de uma amostra de sangue, pode alterar consideravelmente o resultado.

Os agitadores para laboratório possuem diferentes formatos e tamanhos para atender casos distintos. Alguns equipamentos combinam agitação e aquecimento, outros são conhecidos como agitadores magnéticos, capaz de homogeneizar soluções.

Conheça os principais tipos de agitadores e saiba em qual momento utilizá-los:

Este é o modelo mais comum, utilizado em quase todos os laboratórios. O agitador orbital mistura a amostra em movimentos suaves e contínuos e cria uma agitação circular horizontal. Seu uso é indicado para cultura de células e em testes de sífilis.

agitador_orbital

 

 

Este instrumento é capaz de criar um balanço, comparado ao movimento de uma gangorra.

agitador_gangorra

Os movimentos acontecem de maneira alternada, para frente e para trás.

agitador_reciproco

Geralmente utilizado para tubos, este agitador é formado por rolos que proporcionam movimentos de rotação.

agitador_roller

Conhecido também como roda gigante, este instrumento é ideal para homogeneizar tubos de coleta e de centrifugação.  Apesar de não atingir a mesma velocidade das centrífugas, funcionam de forma semelhante.

agitador_rotor

 

Geralmente utilizado para agitação de pequenos frascos, pode realizar um movimento contínuo ou apenas quando pressionado sobre a borracha produzindo vórtices no líquido.agitador_tipo_vortex

Um motor sob a placa produz forças magnéticas colocando em rotação o ímã, provocando um movimento circular no líquido. O agitador magnético também possui versões com aquecimento, realizando as duas tarefas simultaneamente.

agitador_magnetico

Este modelo tridimensional realiza vários movimentos.

agitador_tridimensional

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Quais as diferenças entre o microscópio biológico e estereomicroscópio?

Existem inúmeras diferenças entre o microscópio biológico e o estereomicroscópio, conhecido também como lupa. Você sabe identificá-las?  Na verdade, o que vai determinar qual microscópio que você deve utilizar é o tipo de amostra que será analisado.

Por exemplo, o microscópio bilógico é indicado para visualizar células sanguíneas, bactérias, protozoários, água, células da pele e partículas de sujeira. Já o estereomicroscópio pode ser utilizado para analisar flores, rochas, moedas, placas de circuito impresso, peças de metal, tecidos, insetos e etc.

Entre as principais características do microscópio biológico podemos destacar que:

  • A platina é preparada para receber apenas lâminas de microscopia, não tendo espaço para objetos grandes.
  • Geralmente a iluminação é transmitida de baixo para cima. Há modelos que possuem também iluminação incidente.
  • Se compararmos o microscópio biológico e o estereomicroscópio, podemos dizer que a ampliação do biológico é consideravelmente maior.
  • A ampliação é alterada por meio da rotação do revolver de objetivas, selecionando outra objetiva. Normalmente as utilizadas são de 4x, 10x, 40x e 100x. A ampliação da objetiva é multiplicada pela da ocular, resultando na ampliação total do equipamento.

O estereomicroscópio possui recursos que não estão disponíveis no modelo biológico, entre eles:

  • Espaço destinado para observar objetos maiores como rochas, flores, peças metálicas e etc.
  • A iluminação pode ser ajustada de acordo com o tipo da amostra a ser observada, podendo vir tanto por cima como por baixo.
  • A ampliação pode ser ajustada utilizando um recurso de zoom, de acordo com o objeto que será visualizado. O aumento pode variar entre 2x e 46x, tendo a possibilidade de ampliação superior em alguns modelos específicos.

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Microscopia de força atômica utilizada para capturar imagem das ligações de hidrogênio

Em um estudo publicado pela revista Science, pesquisadores do Centro Nacional da China de Nanociência e Tecnologia e da Universidade de Renmin revelam como foi utilizar a microscopia de força atômica (AFM) para criar uma imagem das ligações de hidrogênio presentes em uma molécula. Os estudiosos contam que usaram a AFM para capturar uma imagem das ligações de hidrogênio em uma molécula de 8-hidroxiquinolina (8hq).

Como este trabalho, a equipe de pesquisadores avança consideravelmente a ciência da AFM, tornando-se o principal método de escolha para obter imagens de moléculas e das ligações que as unem. Até então, as imagens mais precisas das moléculas eram obtidas utilizando a microscopia de tunelamento.

Utilizando a AFM existem duas maneiras para capturar imagens: captura de imagem de contato, quando a ponta da sonda mecânica é construída para tocar a superfície do material analisado e quando a ponta da sonda é arrastada cria-se uma imagem; e a imagem de não-contato, quando a ponta é trazida para perto da superfície, mas não a toca. Neste contexto, uma imagem é criada por meio da medição da alteração na ponta da sonda, a partir de energias que são transmitidas da fonte.

Durante o estudo a equipe utilizou a forma de não-contato e escolheu como modelo teste uma molécula relativamente plana, a 8hq. A imagem encontrada foi a primeira usando a AFM para este tipo de estudos, mostrando as ligações de hidrogênio.  A descoberta é de extrema importância, pois ainda há inúmeras discussões sobre a ligação de hidrogênios.

Por muitos anos, foi considerada uma interação eletrostática, com estes novos estudos outra sugestão foi apresentada, uma hipótese de que seja parcialmente química. Ainda que esta pesquisa não ofereça possibilidades exatas, há uma projeção para o futuro, já que foi demonstrado que AFM se aperfeiçoa, podendo oferecer mais evidências da verdadeira natureza das moléculas e seu modo de interação.

 

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O microscópio e o olho humano

 

O microscópio foi criado no século XVI com intuito de visualizar objetos e estruturas minúsculas que não conseguiriam ser enxergadas a olho nu. Atualmente eles são utilizados nos mais diversos ramos da ciência, como biologia, medicina, geologia e pesquisas científicas em geral. Manuseá-lo é relativamente simples, ainda que no princípio pareça confuso utilizar todos os recursos do dispositivo, em um curto período de tempo é possível aprender.

Funcionamento:

Os aparelhos mais modernos funcionam em duas etapas, a primeira delas acontece devido à combinação do conjunto de lentes da objetiva, responsável pela formação da imagem primária e é alterada para utilização de ampliações diferentes, e a segunda fica por conta do conjunto de lentes da ocular, usada para observar a imagem criada pela objetiva. Esses conjuntos são montados nas extremidades opostas de um tubo. A ampliação do microscópio é determinada multiplicando os valores individuais da objetiva e ocular.

Microscópio e o olho humano:

Enquanto o olho humano tem o poder de resolução de aproximadamente 0,1 mm ou 100 µm, isso significa que, se você olhar dois pontos separados por uma distância menor do que 100 µm, ele vai parecer como um ponto único, os microscópios possuem resolução aumentada capaz de identificar esses pontos individualmente.

Além de ampliar, o microscópio garante uma resolução perfeita da amostra. Para os instrumentos ópticos, ou seja, aqueles que utilizam iluminação diante do objeto analisado, a capacidade é de cerca de 0,2 µm (ou 200 nm), se comparado ao olho humano pode ser 500 vezes mais nítido e ampliado. Já o microscópio eletrônico, pode aumentar a resolução em até 1000 vezes em relação ao óptico, pois os feixes de luz são substituídos por feixes de elétrons perante as amostras que serão analisadas. Comparado ao olho humano, a resolução aumenta em torno de 500000.

Ainda que os avanços tecnológicos venham acontecendo com muita rapidez, o olho humano em combinação com o cérebro pode ser considerado o sistema de processamento de imagem mais eficiente já conhecido. Nenhum aparelho pode atingir a capacidade do olho humano em relação à velocidade de enxergar imagens. Por isso, o funcionamento das câmeras modernas está diretamente relacionado ao funcionamento do olho.

No olho, a luz atravessa a córnea, parte anterior transparente e protetora dos olhos com a função de focar a luz através da pupila para a retina, como se fosse uma lente fixa; o humor aquoso, constituído por água e sais dissolvidos, que tem como missão nutrir a córnea e o cristalino, além de regular a pressão interna do olho; o cristalino, um organizado citosistema que fica localizado entre a íris e humor vítreo, uma substância incolor e gelatinosa, que preenche cerca de um terço do olho e por fim se dirige a retina que funciona como o filme fotográfico em posição invertida. Mas, para enxergar os objetos na posição em que eles realmente se encontram, o nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao cérebro que fazem a sua interpretação real. Nosso cérebro reúne em uma só imagem os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos.

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Cuidados com a visão ao utilizar o microscópio

 

A fadiga ocular, também conhecida como vista cansada, pode ser um problema para quem faz uso constante de microscópio. Entre os principais sintomas estão dor de cabeça, dor nos olhos, vermelhidão, visão embaçada ou dupla, aumento da sensibilidade a luz e olhos extremamente secos ou lacrimejantes. Em pessoas que possuem problemas de visão, seja para perto, longe ou astigmatismo esses sintomas podem aparecer com mais frequência.

Para iniciar a análise de uma determinada amostra é preciso ajustar a distância interpupilar das oculares do microscópio. Ao chegar ao ponto exato você vai enxergar apenas um círculo ao invés de dois. É importante que os dois olhos sejam utilizados durante o procedimento.

Para aqueles que possuem problemas grave de visão e utilizam óculos, devem permanecer com eles durante o uso do microscópio. Para ajustar o ponto focal das oculares para a observação com óculos, os fabricantes oferecem oculares especializadas. Já aqueles que utilizam lentes com grau simples, podem usar o microscópio sem elas, mas para isso é preciso realizar o ajuste da dioptria da ocular. Nos casos de usuários que usuário utilizam lentes que refratam a luz de forma diferente na horizontal e vertical é imprescindível o uso dos óculos, pois isso não pode ser compensado pelo ajuste de dioptria.

Em todos os casos é importante respeitar a distância do foco, para isso mova a cabeça, lentamente, para trás e para frente das oculares, assim será mais fácil encontrar a postura ideal que irá possibilitar a focalização completa do objeto analisado.

Alguns fatores contribuem para o alívio dos olhos durante a análise e ajudam a reduzir o estresse relacionado a fadiga em longos períodos de observação, entre eles, podemos destacar: imagens devidamente ajustadas; alinhamento correto da lâmpada do microscópio e seu caminho óptico para otimizar a qualidade da imagem, independentemente se ela é observada através das oculares ou por meio de um monitor de computador; os aparelhos mais modernos apresentam campo de visão expandido através do uso de oculares com diafragmas de campo maior; juntamente com as objetivas com valores mais elevados de abertura numérica, melhor correção da aberração, e distâncias de trabalho mais longos, as imagens produzidas mostram uma quantidade enorme de detalhe do espécime, o que contribui para que o profissional não precise procurar pequenos particularidades nas amostras.

Seguindo as dicas acima, a fadiga ocular pode ser minimizada durante a utilização do equipamento.  A boa notícia é que futuramente os modelos de microscópio poderão eliminar completamente as oculares, substituindo-as por sensores de captura de imagem e monitores.

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