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Esterilização de produtos para laboratório: qual a importância?

Esterilizar os aparelhos de laboratório garante a qualidade e segurança nos resultados. Isso significa limpar e eliminar completamente todas as formas de micro-organismos presentes seja eles fungos, bactérias, vírus, protozoários e esporos.

Considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. Existem diversos métodos para esterilizar os equipamentos de laboratório, o que vai determinar qual deles deve ser utilizado é o próprio produto.

Entre os métodos físicos podemos destacar: Calor seco (estufa); Calor úmido (Vapor sob pressão – autoclaves) e Radiação (Gama – Cobalto 60, Cobalto Ultravioleta). Já nos métodos químicos: Óxido de Etileno (ETO), Peróxido de Hidrogênio, Ácido Peracético, Formaldeído e Glutaraldeído.

Os mais utilizados são:

Autoclavagem (vapor)

Este é o método mais utilizado em materiais médico-hospitalares do tipo crítico. O processo consiste na esterilização por meio do calor da água fervente. Esse equipamento é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura, em torno de 121º C. Ou seja, o material contaminado deve estar em contato com água até que todos os microrganismos estejam mortos.

É importante lembrar que a Autoclavagem não deve ser utilizada em materiais sensíveis ao calor, pois pode danificá-lo.

Alguns produtos que podem ser autoclavados: Micropipetas Premium Black – totalmente autoclavável, Rack Autoclavável, Rack para Ponteira – Autoclavável.

Óxido de Etileno 

Os equipamentos que não podem ser autoclavados, por não suportar o calor excessivo, podem ser esterilizado por meio dessa técnica, que utiliza uma temperatura mais amena, entre 37 e 63ºC. Bastante utilizado pelas indústrias, como a alimentícia, agricultura e cosméticos, o óxido de etileno é um gás sem cor, que higieniza os materiais por meio de um processo denominado alquilação. Isso significa que o ETO substitui um átomo de hidrogênio do grupo do organismo por um grupo alquilo, esta ligação inibe a produção de proteínas específicas. Assim, o ETO penetra nas células microbianas e reage principalmente com os materiais nucleares, provocando danos ao DNA, o que resulta na incapacidade da célula para metabolizar e se reproduzir normalmente levando a morte do microrganismo.

Este procedimento apresenta algumas desvantagens como tempo consideravelmente longo para esterilização, custo operacional elevado e possíveis riscos para os pacientes e profissionais.

Alguns produtos que podem ser estéreis por Óxido de Etileno: Tubo de Ensaio, Microplaca de Microtitulação, Espalhadores.

Radiação Gama

Este método é extremamente eficaz, devido a sua capacidade de penetração no produto. É possível que a radiação passe através da embalagem, deixando o conteúdo estéril até que seja aberto.

É conhecido como uma alternativa de processo a frio, os fótons de alta energia são emitidos de uma fonte de isótopos produzindo ionização ao longo do produto. Essas perturbações resultam em danos ao DNA, provocando a morte celular e inibindo a reprodução do microrganismo.

Geralmente usado para tecidos destinados a transplantes, drogas e outros, a técnica perde para o óxido de etileno devido ao alto custo.

Alguns produtos estéreis por Radiação Gama: Tubos Criogênicos, Filtros para Seringa, Placa de Petri para Cultivo de Células