Calibração de Micropipetas: Calibração vs. Aferição

No ambiente de um laboratório de ensaios, a exatidão dos resultados é indispensável. Por isso, as micropipetas são instrumentos fundamentais. Entretanto, para garantir que os dados sejam confiáveis e rastreáveis, é essencial compreender a diferença entre calibração de micropipetas e aferição.

Embora ambos os processos tenham como objetivo assegurar a precisão, eles não são iguais. Na verdade, atuam de forma complementar. Dessa forma, quando essa distinção é bem compreendida, a qualidade dos ensaios aumenta, o retrabalho diminui e, além disso, a conformidade com normas internacionais, como a ISO 17025, é preservada.

O que é Aferição de Micropipetas?

A aferição pode ser comparada a um check-up de rotina. Em outras palavras, trata-se de verificar se a micropipeta está medindo dentro das tolerâncias estabelecidas pelo fabricante ou por normas específicas.

• Como funciona: mede-se um volume conhecido, geralmente por método gravimétrico, e compara-se com o valor esperado.
• Registro: anota-se o resultado como “aprovado” ou “reprovado”.
• Importante: não há ajustes; apenas se constata a condição atual.
• Quando realizar: pode ser feita diariamente, semanalmente ou conforme programa de controle de qualidade interno.

Assim, a aferição assegura que o equipamento se mantém em condições adequadas até a próxima calibração oficial. Além disso, contribui para que falhas sejam detectadas antes que prejudiquem os ensaios.

O que é Calibração de Micropipetas?

A calibração vai além da verificação. Além de comparar os resultados com um padrão rastreável, ela permite ajustar o equipamento, caso sejam encontrados desvios. Portanto, se a aferição apenas constata a condição, a calibração atua corrigindo-a.

• Etapas: envolve a medição, eventual ajuste dos mecanismos internos e emissão de um certificado de calibração.
• Documento oficial: o certificado traz detalhes sobre resultados antes e depois do ajuste, incerteza da medição e rastreabilidade dos padrões.
• Quem realiza: normalmente, é feita por laboratórios acreditados, como os vinculados à Rede Brasileira de Calibração (RBC).
• Quando realizar: em intervalos regulares (anual ou semestral), dependendo da intensidade de uso da pipeta.

Portanto, se a aferição aponta que a pipeta está fora da tolerância, a calibração é o tratamento que devolve sua precisão. Assim, ambos os processos se complementam.

Por que Essa diferença importa?

No laboratório de ensaios, entender a diferença entre aferição e calibração faz toda a diferença. Afinal, essa compreensão impacta diretamente nos seguintes pontos:

• Confiabilidade: resultados corretos dependem de instrumentos ajustados.
• Conformidade: normas como a ISO 17025 exigem certificados de calibração válidos.
• Eficiência: pipetas descalibradas podem gerar desperdícios de reagentes e retrabalhos.
• Rastreabilidade: em auditorias, a documentação de calibração é essencial para comprovar controle de equipamentos.

Além disso, adotar práticas adequadas de calibração e aferição reduz custos, previne falhas e fortalece a credibilidade do laboratório.

Resumo Prático

Ao entender e aplicar corretamente os conceitos de aferição e calibração, seu laboratório de ensaios estará mais apto a produzir resultados de alta qualidade. Dessa forma, a integridade dos seus dados e a confiança nos processos ficam asseguradas.

Conclusão

Dominar os conceitos de aferição e calibração é essencial para qualquer laboratório de ensaios. Afinal, a calibração de micropipetas assegura rastreabilidade e conformidade, enquanto a aferição funciona como um controle interno constante.

Em conjunto, esses processos garantem que seus resultados sejam confiáveis, seguros e aceitos em auditorias. Portanto, não subestime a importância dessa dupla prática na rotina laboratorial. Em resumo, compreender e aplicar ambos os procedimentos é o que mantém a precisão e a credibilidade do seu laboratório.

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