Por volta de 721 a.C existem relatos de um cristal de rocha recortado com propriedades de ampliação, conhecido como lente de Lanyard, porém as lentes passaram a ser realmente conhecidas e utilizadas por volta do ano 1280 na Itália, com a invenção dos óculos. No final do séc. XVI, Galileu descobriu que utilizando duas lentes num tubo obteria um aparelho que, olhando de uma das extremidades, permitia a visualização pormenorizada de objetos distantes, o telescópio. Este mesmo aparelho, quando olhado pelo extremo oposto, permitia visualizar objetos pequenos, invisíveis a olho nu, como num microscópio.
A invenção do microscópio é atribuída ao holandês Zacharias Jansen, por volta do ano de 1595. Como era muito jovem na época, é provável que o primeiro microscópio composto tenha sido desenvolvido pelo seu pai, Hans Jansen, sendo que seus irmãos Franz e Johan Jansen também estavam envolvidos.
MICROSCÓPIO DE JANSEN
O século XVII foi um período de grande interesse pelos microscópios, a própria palavra microscópio foi oficializada na época pelos membros da Academia dei Lincei, uma importante sociedade científica. Foi neste período que Robert Hooke fabricou um microscópio óptico composto mais aperfeiçoado que o de Jansen e examinou um pedaço de cortiça entre outras coisas, em seus estudos observou numerosas cavidades microscópicas, às quais chamou células, foi a primeira vez que esse termo foi utilizado. Em 1665, Hooke publicou os resultados das suas investigações, realizadas para a Royal Society de Londres, no livro Micrographia.
MICROSCÓPIO DE HOOKE
No final do século XVII, o cientista alemão Antoni Van Leeuwenhoek fez descobertas significativas, usando simples microscópios com apenas uma lente. Empregando técnicas revolucionárias na época para a construção de lentes, Leeuwenhoek produziu instrumentos com aumentos entre 50 e 200 vezes. Com o grande sucesso, os microscópios simples conquistaram um lugar ao lado dos modelos compostos de várias lentes.
ANTONI VAN LEEUWENHOEK
O século XVIII foi uma época de melhorias nas lentes e microscópios: maior estabilidade, precisão de foco e facilidades de uso. Com o desenvolvimento da mecânica fina, Cuff passa do uso da madeira e couro para o metal, e reúne pela primeira vez num instrumento a focalização por parafuso, platina para amostras, espelho para luz transmitida e refletida, que permitem equivalência com a disposição moderna. Os instrumentos até passaram a ser anunciados em diversas publicações pelo mundo inteiro, e vários microscopistas lançavam seus modelos. Por volta do ano de 1742, os microscópios que projetavam imagens fizeram grande sucesso.
MICROSCÓPIO DE CUFF
No século XIX, os fabricantes de microscópios desenvolveram novas técnicas para fabricação de lentes, passaram também a utilizar espelhos curvos para melhorar a capacidade de foco, a partir de 1830 surgiram as lentes acromáticas, que não dão origem a aberrações. Este progresso culminou com a invenção, pelo físico alemão Ernest Abbé, do microscópio acromático com condensador, praticamente idêntico aos utilizados atualmente.
MICROSCÓPIO ZEISS 1879
Em 1931, Ernest Ruska apresenta o microscópio eletrônico, o seu uso veio a revelar a ultra-estrutura celular, permitindo aumentar ainda mais as amostras. No microscópio eletrônico a luz é substituída por um feixe de elétrons que se propagam no vácuo, este microscópio não utiliza elementos ópticos, mas lentes eletrostáticas ou magnéticas, resultando numa ampliação e um poder de resolução muito maior. Um microscópio eletrônico permite ampliações de até um milhão de vezes.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
Atualmente a microscopia permanece em constante desenvolvimento e possuímos tipos diferentes, como o microscópio de fluorescência, microscópio de contraste de fase, microscópio óptico de fundo escuro, microscópio confocal e o microscópio eletrônico de varredura, cada modelo utilizado para uma aplicação diferente.
Referências
www.portalsaofrancisco.com.br/
www.olympuslatinoamerica.com/
www.prof2000.pt/
CARDOSO, José Roberto; Equipe Teratec Soluções em Precisão.
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