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O microscópio e o olho humano

 

O microscópio foi criado no século XVI com intuito de visualizar objetos e estruturas minúsculas que não conseguiriam ser enxergadas a olho nu. Atualmente eles são utilizados nos mais diversos ramos da ciência, como biologia, medicina, geologia e pesquisas científicas em geral. Manuseá-lo é relativamente simples, ainda que no princípio pareça confuso utilizar todos os recursos do dispositivo, em um curto período de tempo é possível aprender.

Funcionamento:

Os aparelhos mais modernos funcionam em duas etapas, a primeira delas acontece devido à combinação do conjunto de lentes da objetiva, responsável pela formação da imagem primária e é alterada para utilização de ampliações diferentes, e a segunda fica por conta do conjunto de lentes da ocular, usada para observar a imagem criada pela objetiva. Esses conjuntos são montados nas extremidades opostas de um tubo. A ampliação do microscópio é determinada multiplicando os valores individuais da objetiva e ocular.

Microscópio e o olho humano:

Enquanto o olho humano tem o poder de resolução de aproximadamente 0,1 mm ou 100 µm, isso significa que, se você olhar dois pontos separados por uma distância menor do que 100 µm, ele vai parecer como um ponto único, os microscópios possuem resolução aumentada capaz de identificar esses pontos individualmente.

Além de ampliar, o microscópio garante uma resolução perfeita da amostra. Para os instrumentos ópticos, ou seja, aqueles que utilizam iluminação diante do objeto analisado, a capacidade é de cerca de 0,2 µm (ou 200 nm), se comparado ao olho humano pode ser 500 vezes mais nítido e ampliado. Já o microscópio eletrônico, pode aumentar a resolução em até 1000 vezes em relação ao óptico, pois os feixes de luz são substituídos por feixes de elétrons perante as amostras que serão analisadas. Comparado ao olho humano, a resolução aumenta em torno de 500000.

Ainda que os avanços tecnológicos venham acontecendo com muita rapidez, o olho humano em combinação com o cérebro pode ser considerado o sistema de processamento de imagem mais eficiente já conhecido. Nenhum aparelho pode atingir a capacidade do olho humano em relação à velocidade de enxergar imagens. Por isso, o funcionamento das câmeras modernas está diretamente relacionado ao funcionamento do olho.

No olho, a luz atravessa a córnea, parte anterior transparente e protetora dos olhos com a função de focar a luz através da pupila para a retina, como se fosse uma lente fixa; o humor aquoso, constituído por água e sais dissolvidos, que tem como missão nutrir a córnea e o cristalino, além de regular a pressão interna do olho; o cristalino, um organizado citosistema que fica localizado entre a íris e humor vítreo, uma substância incolor e gelatinosa, que preenche cerca de um terço do olho e por fim se dirige a retina que funciona como o filme fotográfico em posição invertida. Mas, para enxergar os objetos na posição em que eles realmente se encontram, o nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao cérebro que fazem a sua interpretação real. Nosso cérebro reúne em uma só imagem os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos.