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Prêmio Nobel de Química 2014 - Microscopia de Alta Resolução

Os cientistas Eric Betzig (Instituto Médico Howard Hugles), William E. Moerner (Universidade Stanford) e Stefan W. Hell (Instituto Max Planck) foram os vencedores do prêmio Nobel de Química de 2014. Os três pesquisadores foram premiados pela Academia Real de Ciências da Suécia pela invenção do microscópio de fluorescência de alta resolução.

Com a nova descoberta, tornou-se possível contornar a limitação de resolução encontrada nos microscópios ópticos. Até o momento, não era possível observar nada menor do que metade do comprimento de onda da luz, 0,2 micrômetro, limite estabelecido em 1873 pelo microscopista Ernst Abbe. Essa resolução era suficiente para observar células e até mesmo o contorno de algumas estruturas dentro das células, mas era impossível estudar objetos menores, ou acompanhar a interação de moléculas no interior de uma célula.

Este prêmio envolveu a descoberta de dois princípios diferentes, desenvolvidos de forma independente pelos pesquisadores. Stefan Hell publicou em 1994 um artigo sobre um novo método de observação microscópica desenvolvido por ele, denominado depleção via emissão estimulada, onde um feixe de luz é usado para acender todas as moléculas fluorescentes, e então outra luz começa a apagar todas as moléculas, menos aquelas em escala de nanômetro. Permitindo assim obter uma imagem de melhor resolução do material estudado.

O segundo princípio trabalha com a sobreposição de diversas imagens. Moerner publicou em 1997 um estudo em que demonstrou ser possível ativar e desativar a fluorescência de moléculas individuais. Enquanto Betzig questionava-se se um microscópio poderia alcançar uma melhor resolução uma vez que as moléculas brilhassem em cores diferentes.

Em 2005, Betzig tomou conhecimento de proteínas fluorescentes que poderiam ser ativadas e desativadas, similares às descritas por Moerner. Com isso, ele conseguiu desenvolver a ideia que havia tido dez anos antes: as moléculas não precisavam ter brilhos de cores diferentes, elas podiam apenas brilhar em momentos distintos.

As técnicas desses três cientistas hoje são amplamente usadas em pesquisa e aplicações médicas. Tornando possível, por exemplo, entender como determinadas proteínas se comportam em organismos de pessoas com doenças como Parkinson e Alzheimer. O presidente da Sociedade Americana de Química, Tom Barton, disse que o progresso dos três cientistas permite à Biologia estudar detalhes minúsculos de seres vivos. Isso porque, embora exista um microscópio capaz de analisar detalhes com resolução ainda maior, o equipamento não pode ser utilizado em tecidos vivos.

REFERÊNCIAS

https://veja.abril.com.br/noticia/ciencia

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia

https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia

CARDOSO, José Roberto; Equipe Teratec Soluções em Precisão.

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