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Como é feito o descarte dos materiais perfurocortantes?

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os materiais perfurocortantes estão classificados no grupo E, composto por qualquer objeto ou instrumento que contenha cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar, por exemplo: agulhas, brocas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, micropipetas, espátulas e etc.

Os resíduos que compõem o grupo E, são considerados materiais de risco para a saúde, pois se penetrado na pele eles podem espalhar agentes patogênicos contidos no sangue, podendo transmitir doenças como hepatite B, hepatite C, HIV e outras inúmeras doenças. Os profissionais da área da saúde devem manusear estes materiais com extremo cuidado para não correr o risco de contaminação durante o manuseio. Por fim, após o uso é preciso que estes equipamentos sejam descartados da maneira correta. É importante manter a segurança durante todas as etapas, desde o uso no laboratório até que o material seja eliminado.

Descarte

A ANVISA orienta que os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente dos demais, logo após o uso. Para isso, é preciso inseri-los em um local seguro, resistente e que não corra o risco de ruptura e vazamento, além de obrigatoriamente estar identificado com o símbolo internacional de risco biológico, com o aviso de “perfurocortante” e os riscos adicionais, como químico ou radiológico.

O volume do recipiente deve ser compatível com a geração diária de resíduo. Vale lembrar que deve ser preenchido apenas 2/3 de sua capacidade ou então, quando o nível de preenchimento ficar a 5 cm de distância da borda do recipiente. É importante ressaltar que os materiais perfurocortantes jamais devem ser reutilizados e o descarte deve ser realizado sempre próximo a área de uso.

Caixa Coletora de Perfurocortante

As caixas coletoras de perfurocortantes devem proteger a população e o meio ambiente contra a contaminação. Por isso, devem ser resistentes, fornecendo proteção contra perfurações e vazamentos. As regras de fabricação devem ser seguidas de acordo com as normas da ABNT NBR 13853.

Características

  • Caixa externa e bandeja em papelão ondulado;
  • Cinta interna e fundo em papel rígido;
  • Saco plástico impermeável;
  • Alça dupla e lacre de segurança para garantir fechamento e transporte seguro da caixa.

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Esterilização de produtos para laboratório: qual a importância?

Esterilizar os aparelhos de laboratório garante a qualidade e segurança nos resultados. Isso significa limpar e eliminar completamente todas as formas de micro-organismos presentes seja eles fungos, bactérias, vírus, protozoários e esporos.

Considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. Existem diversos métodos para esterilizar os equipamentos de laboratório, o que vai determinar qual deles deve ser utilizado é o próprio produto.

Entre os métodos físicos podemos destacar: Calor seco (estufa); Calor úmido (Vapor sob pressão – autoclaves) e Radiação (Gama – Cobalto 60, Cobalto Ultravioleta). Já nos métodos químicos: Óxido de Etileno (ETO), Peróxido de Hidrogênio, Ácido Peracético, Formaldeído e Glutaraldeído.

Os mais utilizados são:

Autoclavagem (vapor)

Este é o método mais utilizado em materiais médico-hospitalares do tipo crítico. O processo consiste na esterilização por meio do calor da água fervente. Esse equipamento é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura, em torno de 121º C. Ou seja, o material contaminado deve estar em contato com água até que todos os microrganismos estejam mortos.

É importante lembrar que a Autoclavagem não deve ser utilizada em materiais sensíveis ao calor, pois pode danificá-lo.

Alguns produtos que podem ser autoclavados: Micropipetas Premium Black – totalmente autoclavável, Rack Autoclavável, Rack para Ponteira – Autoclavável.

Óxido de Etileno 

Os equipamentos que não podem ser autoclavados, por não suportar o calor excessivo, podem ser esterilizado por meio dessa técnica, que utiliza uma temperatura mais amena, entre 37 e 63ºC. Bastante utilizado pelas indústrias, como a alimentícia, agricultura e cosméticos, o óxido de etileno é um gás sem cor, que higieniza os materiais por meio de um processo denominado alquilação. Isso significa que o ETO substitui um átomo de hidrogênio do grupo do organismo por um grupo alquilo, esta ligação inibe a produção de proteínas específicas. Assim, o ETO penetra nas células microbianas e reage principalmente com os materiais nucleares, provocando danos ao DNA, o que resulta na incapacidade da célula para metabolizar e se reproduzir normalmente levando a morte do microrganismo.

Este procedimento apresenta algumas desvantagens como tempo consideravelmente longo para esterilização, custo operacional elevado e possíveis riscos para os pacientes e profissionais.

Alguns produtos que podem ser estéreis por Óxido de Etileno: Tubo de Ensaio, Microplaca de Microtitulação, Espalhadores.

Radiação Gama

Este método é extremamente eficaz, devido a sua capacidade de penetração no produto. É possível que a radiação passe através da embalagem, deixando o conteúdo estéril até que seja aberto.

É conhecido como uma alternativa de processo a frio, os fótons de alta energia são emitidos de uma fonte de isótopos produzindo ionização ao longo do produto. Essas perturbações resultam em danos ao DNA, provocando a morte celular e inibindo a reprodução do microrganismo.

Geralmente usado para tecidos destinados a transplantes, drogas e outros, a técnica perde para o óxido de etileno devido ao alto custo.

Alguns produtos estéreis por Radiação Gama: Tubos Criogênicos, Filtros para Seringa, Placa de Petri para Cultivo de Células

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Análise Quantitativa ou Volumetria?

A Análise Quantitativa, que também é conhecida como análise Gravimétrica ou Gravimetria é quem determina a quantidade de um elemento ou composto em uma amostra, por exemplo: encontrar a concentração de uma solução de hidróxido de sódio, identificar a quantidade de ingrediente ativos em um comprimido, verificar a concentração de minério numa rocha e etc. A análise quantitativa está presente em laboratórios para trabalhos específicos como estudos com matérias-primas, processos tecnológicos, direcionamento de padrão de qualidade de um determinado produto e etc.

Já a Análise Volumétrica ou Volumetria como também é chamada, é um grupo de procedimentos quantitativos, que consiste na medição do volume de uma solução de concentração conhecida, usada para determinar a concentração da substância a se analisar em uma determinada amostra, ou seja, ambas devem interagir entre si.

A titulação é um dos procedimentos mais utilizados na volumetria. A substância que está sendo analisada em qualquer determinação é chamada de titulante, já a solução que terá sua concentração determinada é denominada como titulado.  Ou seja, essa técnica consiste na adição, feita geralmente com auxílio de uma bureta, controlada de um reagente no meio reacional para quantificar uma propriedade. Mas, para isso, uma das soluções precisa ter a concentração conhecida, enquanto a concentração da outra solução é determinada por comparação.

Os instrumentos mais utilizados para medir um determinado volume são as pipetas e principalmente as buretas, pois elas permitem que o líquido seja liberado em pequenas gostas, o que possibilita a saída do líquido de forma mais controlada.

Micropipetas são equipamentos de alta precisão utilizados para medição e manipulação de fluídos, comuns em hospitais, laboratórios e universidades. Sua calibração consiste na determinação do volume escoado por meio de método gravimétrico, utilizando fluído padronizado e ambiente controlado.

Instrumento essencial para todos os laboratórios, já que sua atividade está diretamente ligada com a precisão de transferência de volumes, a principal função da bureta eletrônica é aferir a dosagem correta de um determinado volume. Ela garante qualidade e exatidão, influenciando nos processos químicos e na precisão dos resultados.

O serviço de calibração de micropipetas é realizado no Laboratório Teratec, consistindo em efetuar ajustes e troca de peças necessárias com o objetivo de alcançar o melhor desempenho do equipamento. O procedimento é realizado de acordo com a norma ISO 8655 e é Rastreável RBC, garantindo o controle e qualidade do processo. Também realizamos manutenções de micropipetas e assistência técnica.

Atuamos com micropipetas de volume fixo, volume variável, monocanal, multicanal e eletrônica, das mais variadas marcas e modelos, como Gilson, Eppendorf, Thermo Scientific, Kasvi, HTL, Nichiryo, Capp, entre outras.

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Contagem das células com a Câmara de Neubauer

Câmara de Neubauer, Fuchs Rosenthal, Hemocitômetro ou Câmara de Contagem, o nome você mesmo pode escolher, já que todos eles foram criados com o mesmo intuito: determinar a concentração de células sanguíneas. Atualmente, ainda possui a mesma função, porém de forma mais abrangente, já que além da utilização em células sanguíneas, também pode ser usada em microbiologia, contagem de células suspensas, espermatozoides, análise de urina e etc.

A Câmara de Neubauer é um dispositivo, composto por uma lâmina grossa de uso microscópico, geralmente de vidro e com formato retangular, com uma profundidade específica para deposito da amostra. No centro, há duas câmaras conhecidas como malhas de leitura, que tem como função gravar linhas divididas em quadrantes de dimensões conhecidas. Esses quadrantes são padronizados, por isso é possível visualizar a amostra e realizar a contagem das células na área determinada.

Existe mais de um tipo de câmara de contagem no mercado, o que as diferenciam são algumas características como resolução, profundidade, composição que pode ser de vidro ou descartável e o tamanho e desenho da malha.

Preparando o líquido para contagem

Essa é uma etapa importante, a amostra deve ser preparada do jeito certo antes de ir para a câmara de contagem. O líquido deve ter uma suspensão homogênea e com concentração apropriada, caso esteja muito baixa, pode haver um erro estatístico ao analisar o resultado por quadrante. Já se estiver muito alta, as células correm o risco de sobreposição, dificultando a contagem. Quando a amostra já estiver diluída ela deve ser introduzida com cuidado entre a lâmina e a câmara de Neubauer.

A contagem

A Câmara de contagem Neubauer deve ser ligada ao microscópico, para que assim possa acontecer a visualização da malha e do quadrante, este têm dimensões distintas para que possa ser realizada a contagem de células de tamanhos diferentes.

Se atrapalhar durante a contagem é algo mais comum do que podemos imaginar e isso interfere no resultado final. Por isso, os laboratórios adquirem suas próprias técnicas de contagem, mas algumas delas são coringas, como a contagem em zigue-zague e as células que dividem dois quadrantes, ou seja, as células que tocam na parte superior e esquerda dos limites são contadas, já as que tocam os limites inferiores e a direita não devem ser consideradas.

Você deverá contar a quantidade de células no primeiro quadrado e anotar a numeração. Este processo deve ser repetido para os próximos quadrados restantes. Lembre-se de que quanto maior o número de células contadas, mais preciso e eficaz será o resultado da medição.

Células grandes: é realizada pela soma dos compartimentos A1, A2, A3 e A4 e com volume total correspondente a 1µL. Cada um dos compartimentos é subdividido em 16 compartimentos médios, totalizando 64 compartimentos.

Células pequenas: é realizada pela soma dos compartimentos 1, 2, 3, 4 e 5 com volume total correspondente a 1µL. Cada um dos compartimentos é subdividido em 16 compartimentos menores, totalizando 80 compartimentos.

Em ambos os casos, ao realizar a contagem na malha, a fórmula a seguir deve ser aplicada para a obtenção do número real de células.

Grandes:

Células Grandes

Pequenas: 

Células Pequenas

Contagem automática: contar células não á algo tão simples, muito menos rápido. Este trabalho requer muita atenção e cuidado e mesmo assim, isso nem sempre garante um resultado preciso e exato. Mais preciso que nós humanos, são os computadores, com a ajuda da tecnologia, por meio de softwares instalados no microscópio trinocular, é possível realizar a leitura de maneira simples e rápida.

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Importância dos termômetros : e a gama de medição

Utilizados para medir temperaturas ou a variação delas, os termômetros são equipamentos com alto grau de precisão. Sua função é basicamente controlar a qualidade e regulamentação dos processos. O termômetro é extremamente importante e versátil, por isso, é encontrado em todos os tipos de laboratórios ou indústrias, como farmacêutica, médica, ambiental, alimentar e etc.

O equipamento se tornou um objeto essencial para a caracterização e determinação de parâmetros físicos, químicos, biológicos etc. A precisão ao medir a temperatura é fundamental para qualquer setor, isso garante a segurança nos processos executados.

O tipo do termômetro interfere diretamente na gama de medição, podendo haver variações de acordo com o modelo, como opções de exibição, tipos de equipamentos, ambiente operacional e caraterísticas especiais, dependente da área de atuação. Os termômetros operam em vários princípios entre eles a expansão térmica de sólidos ou líquidos, de acordo com a temperatura, a mudança na pressão de um gás, a resistência elétrica e até mesmo a radiação.

As chamadas escalas termométricas são utilizadas para ler a temperatura. As mais conhecidas são: Celsius (°C), a mais popular no mundo todo, que utiliza como referência a temperatura de congelamento 0°C e ebulição da água 100°C; Fahrenheit, onde valores equivalem a uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0º F) e a temperatura do corpo humano (100ºF); e a Kelvin, que tem como referência a menor temperatura que um corpo conseguiria atingir (-273°C) para determinar o seu ponto zero (0 K), por isso é conhecida como escala absoluta.

A importância da temperatura e suas aplicações

Alimentos: a temperatura ideal para os alimentos é de extrema importância e deve ser rigorosamente controlada pelos fabricantes e consumidores, já que a temperatura errada de um determinado produto pode mudar o seu sabor, interferir na qualidade final, além de gerar sérios riscos a saúde dos consumidores. Nesses casos diversos termômetros podem ser utilizados, inclusive os que medem produtos líquidos ou semissólidos.

Agricultura: neste caso é a temperatura do ambiente que pode fazer a diferença negativamente ou positivamente, o que se reflete entre a vida e a morte das plantas, impactando na colheita. Os termômetros são usados para medir desde a temperatura da terra e atmosfera até o próprio produto.

Medicamentos: aqui a temperatura garante a eficácia e segurança dos medicamentos. Os laboratórios precisam dar a devida atenção para a temperatura de armazenamento, pois algumas composições são sensíveis a alterações, podendo causar problemas a saúde dos pacientes.

Laboratórios: os termômetros estão relacionados a temperatura do ambiente, dos equipamentos e dos processos realizados.

Estes são alguns exemplos de aplicações do termômetro, mas existem outras inúmeras ocasiões onde é necessário o auxílio de um termômetro específico.

Tipos de termômetros:

Termômetro Espeto – este equipamento é indicado para medir temperatura em substâncias líquidas, por isso é o mais indicado para medir alimentos e bebidas de maneira geral.

Características: Fabricado em ABS; display em LCD; comprimento da haste: 15 cm; modo economia que proporciona o desligamento automático do termômetro após 10 minutos do término de uso.

Termohigrômetro Digital – este aparelho é indicado para aferições simultâneas de temperatura interna e externa além da medição de umidade por meio de sonda.

Características: Exibe temperatura interna, externa e umidade; fabricado em ABS; display em LCD; botão para zerar a memória; alarme para ponto de congelamento entre – 1°C a +4°C; opção de leitura em Celsius (°C) ou Fahrenheit (°F).

Termômetro de Temperatura Máxima e Mínima (IN/OUT)utilizado para medições simultâneas de temperatura interna e externa por meio de um sensor.

Características: Fabricado em ABS; display em LCD; memória para temperatura máxima e mínima; botão para zerar a memória; resolução na tela: 0,1°C ou 0,2°F; alarme configurável para ponto de congelamento; opção de leitura em Celsius (°C) ou Fahrenheit (°F).

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